MeliApis

A Univasf em parceria com a Embrapa Semiárido, Chesf e outras instituições, incluindo cinco prefeituras estão executando o projeto “Ações de desenvolvimento para produtores agropecuários e pescadores do território do entorno da Barragem de Sobradinho-BA” em uma área de 40.129,6 km², com previsão de encerramento para dezembro de 2016, envolvendo 50,0 % dos municípios do Território do Sertão do São Francisco, contemplando 65,0% da área total e 56,4% da população rural, no entanto não prioriza o envolvimento da mulher na exploração da apicultura/meliponicultura e sabe-se que é uma atividade que não exige muito esforço físico e a importância do projeto com a distribuição das unidades de produção de mel e da capacitação no manejo apícola/meliponícola, contemplando exclusivamente mulheres é inovadora, pois se baseia na inserção na ocupação e geração de renda (autônomo) para um grupo de, no mínimo, 30 mulheres no sistema de produção de mel, permitindo reduzir as desigualdades de renda e gênero, visto que existem mulheres executando estas ações com tamanha ou mais eficiência que o homem.

A apicultura/Meliponicultura é uma das poucas atividades agropecuárias, que, sendo conduzidas de maneira racional, atende aos três requisitos da sustentabilidade: o econômico, o social e o ecológico. Sendo assim, fornece renda para o apicultor/meliponicultor, ocupa mão de obra familiar ou contratada e contribui para a preservação da flora nativa.

As plantas produzem flores (néctar, pólen e frutos), que são utilizados por toda a cadeia alimentar. Preservar estes recursos, e restaurá-los onde desapareceram, faz parte das responsabilidades sociais da atualidade. O maior propósito do manejo das abelhas nativas é a conservação da flora nativa que tem nesses polinizadores um dos vetores mais importantes para a manutenção da qualidade dos ecossistemas e, consequentemente, da qualidade de vida de todas as espécies.

Os produtos resultantes das atividades de coleta das abelhas, como o mel, pólen, própolis e geleia real, representam uma alternativa econômica e ecologicamente sustentável dos recursos naturais, uma vez que a apicultura/meliponicultura tem na preservação da vegetação como primeiro requisito para a sustentabilidade, pois sem as flores não existe a produção de mel e nem de pólen. O semiárido, onde existem vastas extensões de terra com vegetação nativa para a produção de mel orgânico, ou seja, aquele livre de contaminação ambiental (por agrotóxicos), revela-se como uma região capaz de sobressair-se nesta atividade econômica no âmbito nacional e internacional.